Na meia luz das estrelas,
Fiz o céu ninar.
R. Grassi
sábado, 20 de setembro de 2008
Mitologia Grega
“..No começo tudo era Caos...
...que gerou Nyx, a noite e Erebus, a escuridão, que entre eles geraram Eros, o amor, que gerou Aethes, a luz e Hemera, o dia, que juntos acordaram Gaia, a terra , da qual veio a vida e, logo depois, nós, os mortais...”
Citada por Schwartz (1992:386).
...que gerou Nyx, a noite e Erebus, a escuridão, que entre eles geraram Eros, o amor, que gerou Aethes, a luz e Hemera, o dia, que juntos acordaram Gaia, a terra , da qual veio a vida e, logo depois, nós, os mortais...”
Citada por Schwartz (1992:386).
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Comunidades Sustentáveis
Por Rafael Grassi
“Sente-se urgência de um novo ethos civilizacional que nos permitirá dar um salto de qualidade na direção de formas mais cooperativas de convivência, de uma renovada veneração pelo Mistério que perpassa e que sustenta o processo evolutivo.”
Leonardo Boff
Ao mesmo tempo em que cresce esta globalização que exclui tudo e a todos, há um promissor caminho a partir das comunidades sustentáveis. Elas são espaços de convivências onde uma comunidade de pessoas moram e trabalham sem agredir o meio ambiente em que vivem, residem em plena harmonia com a natureza, tudo é respeitado, são profundamente benéficas para aqueles que nela habitam e também fazem um papel ímpar para o Planeta, são co-administradas por todos que nela habitam e circulam, ou seja, há pessoas que visitam as comunidades querendo entender como essas pessoas vivem, como se alimentam, como trabalham, existe uma interligação dentro da comunidade em tudo o que é feito e em como é feito.
A atitude de cada pessoa dentro de uma comunidade sustentável depende de todas, assim como todos dependem de uma só pessoa, a reciprocidade se faz mais do que presente, é um valor a ser seguido por aqueles que há habitam e que vivem em plena harmonia com o Todo.
Nas comunidades sustentáveis tudo é reaproveitado, tudo é reinventado. A inovação e a compreensão pelo outro é necessidade para a sobrevivência da comunidade, nada se perde, existe uma co-doação. As aves como galinhas e patos são usadas para alimento, dão seus ovos para o mesmo fim e também para procriação. Os estercos são adubos para plantas comestíveis e ornamentais, que quando chegarem em um tamanho determinado serão colhidas para a alimentação e comercio. Os animais bovinos servem para o corte de carne e de seu leite também se fazem derivados.
Pressuponho que as comunidades sustentáveis são o presente-futuro do mundo, suas práticas fundamentadas na cooperação, na sustentabilidade, na fraternidade e no amor para com o Planeta e seus seres vivos estão cada vez em números maiores não só no Brasil, mas também em outras partes do mundo. Por serem cooperativas, elas abrem espaços para visitantes que querem conhecê-las, entender como funcionam as hortas ecológicas, quem planta o que e como plantam sem agredir o meio ambiente, as hortaliças que são plantadas dentro da comunidade, são dentro da própria consumida, além de poderem ser comercializadas, o preparo das refeições sem agrotóxico é uma prática que oportuniza a qualidade de vida, enfim enquanto algumas pessoas caminham pelas mesmas trilhas e pelos mesmos lugares que os trouxeram e que os levam em passos sempre minúsculos para um mesmo ponto, as comunidades ao contrário voam, sentem prazer em voar, sentem necessidade de voar. Georgia O’Keeffe traduz com muita sabedoria e simplicidade o amor por este vôo.
“O que se vê lá de cima é tão simples e belo que não posso deixar de sentir que maravilhoso para a espécie humana – a libertaria de tanta mesquinharia e pequenez, se mais pessoas voassem”.
Talvez daqui um dia, um ano, dez anos, cem anos, mil anos, dez mil anos, cem mil anos, não sei quando mais pessoas poderão também voar, e quando voarem, irão se sentir como pássaros em busca de um horizonte que não tem fim, voarão em plena luz do dia e irão ao mesmo tempo se deparar com estrelas cadentes riscando o seu-nosso-céu-coração, farão vários pedidos e terão como testemunha a lua cheia, vai parecer piração, mas na verdade quando o matemático e filósofo Galileu Galilei (1564-1642) defendeu a partir da ciência que a Terra gira ao redor do Sol, foi condenado e processado pela Inquisição. Nesta época também parecia piração.
Leonardo Boff
Ao mesmo tempo em que cresce esta globalização que exclui tudo e a todos, há um promissor caminho a partir das comunidades sustentáveis. Elas são espaços de convivências onde uma comunidade de pessoas moram e trabalham sem agredir o meio ambiente em que vivem, residem em plena harmonia com a natureza, tudo é respeitado, são profundamente benéficas para aqueles que nela habitam e também fazem um papel ímpar para o Planeta, são co-administradas por todos que nela habitam e circulam, ou seja, há pessoas que visitam as comunidades querendo entender como essas pessoas vivem, como se alimentam, como trabalham, existe uma interligação dentro da comunidade em tudo o que é feito e em como é feito.
A atitude de cada pessoa dentro de uma comunidade sustentável depende de todas, assim como todos dependem de uma só pessoa, a reciprocidade se faz mais do que presente, é um valor a ser seguido por aqueles que há habitam e que vivem em plena harmonia com o Todo.
Nas comunidades sustentáveis tudo é reaproveitado, tudo é reinventado. A inovação e a compreensão pelo outro é necessidade para a sobrevivência da comunidade, nada se perde, existe uma co-doação. As aves como galinhas e patos são usadas para alimento, dão seus ovos para o mesmo fim e também para procriação. Os estercos são adubos para plantas comestíveis e ornamentais, que quando chegarem em um tamanho determinado serão colhidas para a alimentação e comercio. Os animais bovinos servem para o corte de carne e de seu leite também se fazem derivados.
Pressuponho que as comunidades sustentáveis são o presente-futuro do mundo, suas práticas fundamentadas na cooperação, na sustentabilidade, na fraternidade e no amor para com o Planeta e seus seres vivos estão cada vez em números maiores não só no Brasil, mas também em outras partes do mundo. Por serem cooperativas, elas abrem espaços para visitantes que querem conhecê-las, entender como funcionam as hortas ecológicas, quem planta o que e como plantam sem agredir o meio ambiente, as hortaliças que são plantadas dentro da comunidade, são dentro da própria consumida, além de poderem ser comercializadas, o preparo das refeições sem agrotóxico é uma prática que oportuniza a qualidade de vida, enfim enquanto algumas pessoas caminham pelas mesmas trilhas e pelos mesmos lugares que os trouxeram e que os levam em passos sempre minúsculos para um mesmo ponto, as comunidades ao contrário voam, sentem prazer em voar, sentem necessidade de voar. Georgia O’Keeffe traduz com muita sabedoria e simplicidade o amor por este vôo.
“O que se vê lá de cima é tão simples e belo que não posso deixar de sentir que maravilhoso para a espécie humana – a libertaria de tanta mesquinharia e pequenez, se mais pessoas voassem”.
Talvez daqui um dia, um ano, dez anos, cem anos, mil anos, dez mil anos, cem mil anos, não sei quando mais pessoas poderão também voar, e quando voarem, irão se sentir como pássaros em busca de um horizonte que não tem fim, voarão em plena luz do dia e irão ao mesmo tempo se deparar com estrelas cadentes riscando o seu-nosso-céu-coração, farão vários pedidos e terão como testemunha a lua cheia, vai parecer piração, mas na verdade quando o matemático e filósofo Galileu Galilei (1564-1642) defendeu a partir da ciência que a Terra gira ao redor do Sol, foi condenado e processado pela Inquisição. Nesta época também parecia piração.
A agricultura e um pouco mais
Por Rafael Grassi
“Leite de soja é uma idéia fácil de assimilar devido ao mito de que leite de vaca é um alimento bom para humanos. Queijo de soja é uma idéia fácil de assimilar devido ao mito de que queijo é um alimento bom para humanos. Carne de soja é uma idéia fácil de assimilar devido ao mito de que carne é um alimento bom para humanos. Quando deixam de consumir leite, queijo e carne, muitos humanos ficam felizes porque podem substituí-los por leite, queijo e carne de um novo mito: a soja”.
Sonia Hirsch
“Leite de soja é uma idéia fácil de assimilar devido ao mito de que leite de vaca é um alimento bom para humanos. Queijo de soja é uma idéia fácil de assimilar devido ao mito de que queijo é um alimento bom para humanos. Carne de soja é uma idéia fácil de assimilar devido ao mito de que carne é um alimento bom para humanos. Quando deixam de consumir leite, queijo e carne, muitos humanos ficam felizes porque podem substituí-los por leite, queijo e carne de um novo mito: a soja”.
Sonia Hirsch
Pássaros que cantam há muito tempo o mesmo canto. Flores até hoje nunca vistas, peixes coloridos, sombras de árvores, poços naturais, cascatas sem palavras e de sons diversos, mas com grande comunicação para os mágicos-amantes, poesias sendo inspiradas com tudo isto e muito mais. Em um período muito curto, muitas riquezas podem sumir com a prática da agricultura irresponsável, insustentável e desumana, que não se preocupa com o meio e os seus seres vivos.
O cerrado tinha 25% de sua área original no território brasileiro. Localizado principalmente nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais e Goiás. Hoje restam apenas poucas manchas verdes em fotos tiradas por satélites. O cerrado é um exemplo concreto da falta de capital social inserido por pessoas que não compreendem suas belezas e riquezas naturais. Lindas cachoeiras, fauna e flora de beleza ímpar e uma cultura que está se perdendo com os nativos do cerrado.
O pequeno produtor, conhecedor do clima onde mora, sabe que horas vai chover só porque tal pássaro voou baixo, também sabe que amanhã ou depois de amanhã chove, porque as nuvens estão com tal formato. Enfim, são riquezas que estão sendo arrancadas do homem do campo com muita falta de educação e desamor por uma prática inaceitável que é chamada por alguns de PROGRESSO. Que PROGRESSO é este que inibe os valores humanos, valores essenciais para a sobrevivência e a não extinção da espécie, que degrada horrivelmente a Casa onde moramos? As matas nativas, muitas delas frutíferas, estão sendo derrubadas por moto-serras e também queimadas sem o mínimo de fiscalização e punição por órgãos competentes. Além da prática da caça esportiva, que de esporte não tem nada, é infundada, insustentável e não promove a qualidade de vida. A prova disto é o cerrado estar fazendo parte dos Hot Spot[1]. Essas áreas degradadas estão dando lugares para gigantescas plantações de SOJA, e na verdade, o que se fala da soja em muitos meios de comunicação, é que podemos fazer “milagres”, sejam a carne de soja, leite de soja, óleo de soja, etc. E o que não se fala são de seus malefícios para o ser humano, podendo causar dores de cabeça, fibromialgia, câncer de fígado e câncer de pâncreas.
Porque não se trabalhar com a agricultura ecológica? Mais saudável, porque não utiliza agrotóxicos e nem fertilizantes sintéticos. Torna-se mais confiante para quem maneja e para quem faz dela uma benção sagrada colocada na mesa.
Infelizmente em alguns lugares onde a soja é plantada hoje, haviam sonhos. Sonho de ser gente, pessoa, de ser “Ser Humano”, um ser saudável que se maravilhava com o cheiro da terra quando chove, que se envolve junto com os pássaros e canta seus sons. Os seus banhos eram tomados em rios cristalinos e os seus descansos eram embalados pela brisa, mas infelizmente os mandantes das queimadas e dos cortes das árvores não estudaram o suficiente e não se sensibilizam para compreender que se pode trabalhar junto com as árvores ao invés de optar pelo absurdo de queimá-las e/ou cortá-las.
Muitas árvores frutíferas são de grande interesse econômico para diversos fins, podendo assim, o cerrado ser visto mundialmente como um pólo econômico sustentável, que gera trabalho para as comunidades locais. Ao contrário do que está acontecendo, com muitos agricultores de pequeno porte, que estão deixando suas raízes históricas e migrando para metrópoles em busca de emprego, aumentando assim, as periferias nas próprias.
Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil (1988), título VIII da ordem social. capítulo VI - do meio ambiente afirma que:
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Sem mais comentários.
[1] Regiões tropicais do planeta com grande diversidade biológica e recordistas em devastação.
O cerrado tinha 25% de sua área original no território brasileiro. Localizado principalmente nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais e Goiás. Hoje restam apenas poucas manchas verdes em fotos tiradas por satélites. O cerrado é um exemplo concreto da falta de capital social inserido por pessoas que não compreendem suas belezas e riquezas naturais. Lindas cachoeiras, fauna e flora de beleza ímpar e uma cultura que está se perdendo com os nativos do cerrado.
O pequeno produtor, conhecedor do clima onde mora, sabe que horas vai chover só porque tal pássaro voou baixo, também sabe que amanhã ou depois de amanhã chove, porque as nuvens estão com tal formato. Enfim, são riquezas que estão sendo arrancadas do homem do campo com muita falta de educação e desamor por uma prática inaceitável que é chamada por alguns de PROGRESSO. Que PROGRESSO é este que inibe os valores humanos, valores essenciais para a sobrevivência e a não extinção da espécie, que degrada horrivelmente a Casa onde moramos? As matas nativas, muitas delas frutíferas, estão sendo derrubadas por moto-serras e também queimadas sem o mínimo de fiscalização e punição por órgãos competentes. Além da prática da caça esportiva, que de esporte não tem nada, é infundada, insustentável e não promove a qualidade de vida. A prova disto é o cerrado estar fazendo parte dos Hot Spot[1]. Essas áreas degradadas estão dando lugares para gigantescas plantações de SOJA, e na verdade, o que se fala da soja em muitos meios de comunicação, é que podemos fazer “milagres”, sejam a carne de soja, leite de soja, óleo de soja, etc. E o que não se fala são de seus malefícios para o ser humano, podendo causar dores de cabeça, fibromialgia, câncer de fígado e câncer de pâncreas.
Porque não se trabalhar com a agricultura ecológica? Mais saudável, porque não utiliza agrotóxicos e nem fertilizantes sintéticos. Torna-se mais confiante para quem maneja e para quem faz dela uma benção sagrada colocada na mesa.
Infelizmente em alguns lugares onde a soja é plantada hoje, haviam sonhos. Sonho de ser gente, pessoa, de ser “Ser Humano”, um ser saudável que se maravilhava com o cheiro da terra quando chove, que se envolve junto com os pássaros e canta seus sons. Os seus banhos eram tomados em rios cristalinos e os seus descansos eram embalados pela brisa, mas infelizmente os mandantes das queimadas e dos cortes das árvores não estudaram o suficiente e não se sensibilizam para compreender que se pode trabalhar junto com as árvores ao invés de optar pelo absurdo de queimá-las e/ou cortá-las.
Muitas árvores frutíferas são de grande interesse econômico para diversos fins, podendo assim, o cerrado ser visto mundialmente como um pólo econômico sustentável, que gera trabalho para as comunidades locais. Ao contrário do que está acontecendo, com muitos agricultores de pequeno porte, que estão deixando suas raízes históricas e migrando para metrópoles em busca de emprego, aumentando assim, as periferias nas próprias.
Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil (1988), título VIII da ordem social. capítulo VI - do meio ambiente afirma que:
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Sem mais comentários.
[1] Regiões tropicais do planeta com grande diversidade biológica e recordistas em devastação.
COopeRAÇÃO-Planeta
Por Rafael Grassi
“Preserve esse sorriso, esse brilho, esse olhar
Preserve o que eu digo, pois não falo por falar
Preserve esse abraço, esse abraço carinhoso
Do jeito que eu acho, pode ser maravilhoso
Preserve tudo isso, tudo isso e mais um pouco
E também tudo aquilo, que matar esse sufuco
Preserve esse aperto de mão meu amigo meu irmão
E se um irmão por mim perguntar, diga que eu vou estar
Pelo céu ou pelo mar
Vou por aí a procurar
Pelo céu ou pelo mar
Vou por aí a te encontrar
Preserve nossos rios, nosso verde nosso ar
E também tudo aquilo que tiver que preservar
Preserve o que é mato nesse mundo grandioso
Pois muito em breve eu acho, poderá ser valioso
Conserve tudo, bicho, todo reino animal
Só não conserve o lixo, pátria multinacional
Preserve esse aperto de mão meu amigo meu irmão
E se um irmão por mim perguntar, diga que eu vou estar...”
(Banda ULTRAMEN – Música PRESERVE)
Atualmente em nossa sociedade globalizada, consumista, excludente, competitiva e insustentável estamos vendo e vivendo a dor. As dores de nossos cor-ações in-sensíveis pelo que estamos fazendo e nos aprimorando cada vez mais e mais com nossa eco, que provem do oikos, e nunca esquecendo-se que significa casa, a nossa casa, enfim nosso coração. Estamos mais do que graduados, estamos pós-graduados em descaso, falta de amor, rivalidade, competição, desconfiança e solidão para com o Planeta Terra, enfim nosso capital social está sendo negado por nós mesmos, nos enxergamos separados do Planeta sem antes no mínimo termos casado com Ele.
A Casa sofre, o Planeta Terra sofre, devido a intensas queimadas, o descaso de alguns governantes mundiais, e percebam que os próprios estão menores que as outras palavras, não é por acaso, pois suas atitudes são pequenas mesmo. Também contamos infelizmente com o acréscimo da inadvertência pelo corte ilegal de árvores centenárias, árvores frondosas que trazem consigo as histórias de nossos pais, avós... A matança de animais silvestres, de microorganismos, a biopirataria está bem aqui ou seria aí ao seu lado? E será que a biopirataria seria uma espécie de seqüestro sem fiança? Acredito que vale a pena pensar, mas por outro lado graças a Jah, não podemos nos esquecer que existem pessoas que nos seus atos e palavras há sorrisos e amor, se portam e se comportam de forma co-responsável, preocupadas e atenciosas no que se refere à cooperação no/do Planeta Terra.
A nossa Casa é fantástica, colorida, privilegiada, cheia de maravilhas infinitas, como um jardim.
Segundo Lutzenberger (1992, p. 14),
“Mesmo quando praticada em escala mínima, a jardinagem restabelece um certo elo entre o homem e a Natureza, abrindo-nos os olhos para seus mistérios”.
Pressuponho que a partir do amor eu posso dar início a um jardim. Parto do pressuposto que se eu tenho amor, eu amo alguma coisa, algo me fascina, me sinto atraído por, é um completo ato de do-ação e então um mundo de cooperação falará por si, é primavera, as flores dão o m-ar de sua graça, abelhas e beija-flores fazem o seu papel, são perfeitos no quesito amor, nos troncos das árvores, epífitas[1] sorriem com suas formas, flores e cores, só faltando falar estamos aqui, ou será que falam? Eu acredito que sim, e nós conseqüentemente também falamos-sorrimos, enfim (todos sorriem), chega o verão, e as árvores são mais que a sombra para o nosso descanso, são sonhos mágicos em redes sopradas pela brisa da manhã, no outono suas folhas caem, percorrendo assim também no inverno. Podemos afirmar que o Planeta coopera entre si? Ele sabe que cada hora é para realizar algum fato e o velho ditado à natureza é sábia se faz presente, ou a natureza é mãe, a natureza é pai, enfim, para mim a natureza é família. Que linda família podemos construir em um jardim, poderemos ousar e nos arrepiar de tanta beleza, sensibilidade e poesia. O jardim não precisa ser extenso, tem que ser verde, amarelo, azul, vermelho...O jardim relacionando com o que diz um grande amigo-irmão-especial e educador meu Jader Denicol do Amaral “na recreação não existe o errado”, acredito que no jardim também não exista o errado, o que existe é o reencontro como na re-creação.
O ato de cultivar uma flor em um vaso é a relação que em parte faço da citação acima “escala mínima”, do ambientalista José Lutzenberger. Tive eu a honra de conhecê-lo no Rincão Gaia, situado na Cidade de Pântano Grande, estado do Rio Grande do Sul e me maravilhar com suas falas, de ficar encantado e impressionado com sua inteligência, simplicidade e amor no que verbalizava. O mínimo, um vaso, apenas um vaso para alguns, em contra partida mais um para outros, percebam a importância dessas duas palavras “mais um”, se pensarmos quem sabe mais dois, três... Primeiro: dependendo do tamanho do vaso posso ousar no tamanho da planta e quantidade de terra e então podemos deixar a vontade o casal, após algum tempo surgirão microorganismos, como bactérias, fungos, etc. Segundo: atualmente na área de minha casa tenho vários vasos com bromélias, e um deles tem uma moradora muito especial, uma aranha, é fantástico perceber a nossa cooperação, muitas vezes inconsciente já outras não. Percebam a grandiosidade de ter em casa um vaso e se maravilhar com a diversidade que nossa co-ação-reação causa, quem sabe esse vaso estava em um desses “quartinhos” que se guarda o que não queremos usar no momento, então plantamos uma planta com carinho e terra preta, em breve poderemos ter uma moradora, essa planta pode florir, um beija-flor a encontrar-beijar e nós a se encantar.
O meu jardim, o teu jardim e o nosso jardim, (é lindo, tão lindo quanto...).
Jardim – espaços onde corações pulsam bem mais fortes,
Olhos percebem outros olhos,
Outras cores,
Cores além do arco-íris,
Onde as flores nascem, crescem, sonham, vivem e morrem,
Junto a outras flores,
Árvores frondosas que encontram outras árvores,
Que encontram nuvens,
Arranha-céus da mata,
Beija-flores beijam e se beijam envolvidos por sorrisos de crianças.
No jardim podemos ser cantores e fazer par a um sabiá, a um joão-de-barro, a um bem-te-vi..., No jardim podemos sim ser pássaros, e olhar o mundo de outro jeito quem sabe assim “otiej”, no jardim podemos ser poetas e ler o que as flores nos escrevem, e como nos escrevem, textos gigantescos, textos menores e às vezes apenas palavras e até mesmo letras. Basta sim, ser sensível e se oportunizar para captar o “A do Amor” que elas nos dizem.
E eu, bom, e nós somos parte fundamental na conservação, preservação e criação de um jardim. Seja o jardim da casa onde moramos, seja a Mata Atlântica ou a Amazônia onde também moramos, não importa o tamanho do nosso jardim, ou você acha que a Mata Atlântica ou a Amazônia não são também um jardim?
Ah! Não esqueça de no seu jardim plantar o seu coração, ele é o início de tudo, e que o jardim do seu-céu-coração possa encantar a primavera mais cedo.
Precisamos dar mais atenção para o nosso Lar, nos importarmos com Ele ou o perderemos. Para que não aconteça esta tristeza o que podemos fazer? Que alternativas temos para mudar-ousar-criar? Como colorir mais o mundo? Como desenvolver sorrisos em nós, já que em muitos momentos do dia-a-dia fica impossível de sorrir? Como sorrir vendo tanta tristeza, milhares de hectares sendo destruídos pelas mãos humanas, quais ações podemos aplicar? Que alternativas temos e quais podemos criar? Enfim o que podemos fazer?
A cooperação dos Seres Humanos para com Gaia é de fundamental importância para a sobrevivência dos próprios e da Casa. Nós não nascemos para viver isolados dos outros, precisamos intensamente do outro para a sobrevivência, somos parte dele, não somos mais ou menos importantes do que outras espécies, e sim tão importantes quanto, temos uma brilhante e fantástica função na rede da vida, assim como os pássaros também têm, a brisa, as árvores, os mares, os rios, as flores e os beija-flores. Não é porque o ser humano “pensa”, que ele é mais importante do que os outros seres, esta é uma cultura que nos foi imposta erroneamente com o passado histórico.
Os paradigmas que sobrevivem ainda no mundo, em sua maioria são insustentáveis na teoria e prática. São pobres, sem cores, gosto, inovação, violentos e sem encanto. Estão muito longe de serem um sábia cantando na primavera do Cereus.
[1] Plantas não parasitas, que estabelecem uma relação de inquilina com as árvores.
“Preserve esse sorriso, esse brilho, esse olhar
Preserve o que eu digo, pois não falo por falar
Preserve esse abraço, esse abraço carinhoso
Do jeito que eu acho, pode ser maravilhoso
Preserve tudo isso, tudo isso e mais um pouco
E também tudo aquilo, que matar esse sufuco
Preserve esse aperto de mão meu amigo meu irmão
E se um irmão por mim perguntar, diga que eu vou estar
Pelo céu ou pelo mar
Vou por aí a procurar
Pelo céu ou pelo mar
Vou por aí a te encontrar
Preserve nossos rios, nosso verde nosso ar
E também tudo aquilo que tiver que preservar
Preserve o que é mato nesse mundo grandioso
Pois muito em breve eu acho, poderá ser valioso
Conserve tudo, bicho, todo reino animal
Só não conserve o lixo, pátria multinacional
Preserve esse aperto de mão meu amigo meu irmão
E se um irmão por mim perguntar, diga que eu vou estar...”
(Banda ULTRAMEN – Música PRESERVE)
Atualmente em nossa sociedade globalizada, consumista, excludente, competitiva e insustentável estamos vendo e vivendo a dor. As dores de nossos cor-ações in-sensíveis pelo que estamos fazendo e nos aprimorando cada vez mais e mais com nossa eco, que provem do oikos, e nunca esquecendo-se que significa casa, a nossa casa, enfim nosso coração. Estamos mais do que graduados, estamos pós-graduados em descaso, falta de amor, rivalidade, competição, desconfiança e solidão para com o Planeta Terra, enfim nosso capital social está sendo negado por nós mesmos, nos enxergamos separados do Planeta sem antes no mínimo termos casado com Ele.
A Casa sofre, o Planeta Terra sofre, devido a intensas queimadas, o descaso de alguns governantes mundiais, e percebam que os próprios estão menores que as outras palavras, não é por acaso, pois suas atitudes são pequenas mesmo. Também contamos infelizmente com o acréscimo da inadvertência pelo corte ilegal de árvores centenárias, árvores frondosas que trazem consigo as histórias de nossos pais, avós... A matança de animais silvestres, de microorganismos, a biopirataria está bem aqui ou seria aí ao seu lado? E será que a biopirataria seria uma espécie de seqüestro sem fiança? Acredito que vale a pena pensar, mas por outro lado graças a Jah, não podemos nos esquecer que existem pessoas que nos seus atos e palavras há sorrisos e amor, se portam e se comportam de forma co-responsável, preocupadas e atenciosas no que se refere à cooperação no/do Planeta Terra.
A nossa Casa é fantástica, colorida, privilegiada, cheia de maravilhas infinitas, como um jardim.
Segundo Lutzenberger (1992, p. 14),
“Mesmo quando praticada em escala mínima, a jardinagem restabelece um certo elo entre o homem e a Natureza, abrindo-nos os olhos para seus mistérios”.
Pressuponho que a partir do amor eu posso dar início a um jardim. Parto do pressuposto que se eu tenho amor, eu amo alguma coisa, algo me fascina, me sinto atraído por, é um completo ato de do-ação e então um mundo de cooperação falará por si, é primavera, as flores dão o m-ar de sua graça, abelhas e beija-flores fazem o seu papel, são perfeitos no quesito amor, nos troncos das árvores, epífitas[1] sorriem com suas formas, flores e cores, só faltando falar estamos aqui, ou será que falam? Eu acredito que sim, e nós conseqüentemente também falamos-sorrimos, enfim (todos sorriem), chega o verão, e as árvores são mais que a sombra para o nosso descanso, são sonhos mágicos em redes sopradas pela brisa da manhã, no outono suas folhas caem, percorrendo assim também no inverno. Podemos afirmar que o Planeta coopera entre si? Ele sabe que cada hora é para realizar algum fato e o velho ditado à natureza é sábia se faz presente, ou a natureza é mãe, a natureza é pai, enfim, para mim a natureza é família. Que linda família podemos construir em um jardim, poderemos ousar e nos arrepiar de tanta beleza, sensibilidade e poesia. O jardim não precisa ser extenso, tem que ser verde, amarelo, azul, vermelho...O jardim relacionando com o que diz um grande amigo-irmão-especial e educador meu Jader Denicol do Amaral “na recreação não existe o errado”, acredito que no jardim também não exista o errado, o que existe é o reencontro como na re-creação.
O ato de cultivar uma flor em um vaso é a relação que em parte faço da citação acima “escala mínima”, do ambientalista José Lutzenberger. Tive eu a honra de conhecê-lo no Rincão Gaia, situado na Cidade de Pântano Grande, estado do Rio Grande do Sul e me maravilhar com suas falas, de ficar encantado e impressionado com sua inteligência, simplicidade e amor no que verbalizava. O mínimo, um vaso, apenas um vaso para alguns, em contra partida mais um para outros, percebam a importância dessas duas palavras “mais um”, se pensarmos quem sabe mais dois, três... Primeiro: dependendo do tamanho do vaso posso ousar no tamanho da planta e quantidade de terra e então podemos deixar a vontade o casal, após algum tempo surgirão microorganismos, como bactérias, fungos, etc. Segundo: atualmente na área de minha casa tenho vários vasos com bromélias, e um deles tem uma moradora muito especial, uma aranha, é fantástico perceber a nossa cooperação, muitas vezes inconsciente já outras não. Percebam a grandiosidade de ter em casa um vaso e se maravilhar com a diversidade que nossa co-ação-reação causa, quem sabe esse vaso estava em um desses “quartinhos” que se guarda o que não queremos usar no momento, então plantamos uma planta com carinho e terra preta, em breve poderemos ter uma moradora, essa planta pode florir, um beija-flor a encontrar-beijar e nós a se encantar.
O meu jardim, o teu jardim e o nosso jardim, (é lindo, tão lindo quanto...).
Jardim – espaços onde corações pulsam bem mais fortes,
Olhos percebem outros olhos,
Outras cores,
Cores além do arco-íris,
Onde as flores nascem, crescem, sonham, vivem e morrem,
Junto a outras flores,
Árvores frondosas que encontram outras árvores,
Que encontram nuvens,
Arranha-céus da mata,
Beija-flores beijam e se beijam envolvidos por sorrisos de crianças.
No jardim podemos ser cantores e fazer par a um sabiá, a um joão-de-barro, a um bem-te-vi..., No jardim podemos sim ser pássaros, e olhar o mundo de outro jeito quem sabe assim “otiej”, no jardim podemos ser poetas e ler o que as flores nos escrevem, e como nos escrevem, textos gigantescos, textos menores e às vezes apenas palavras e até mesmo letras. Basta sim, ser sensível e se oportunizar para captar o “A do Amor” que elas nos dizem.
E eu, bom, e nós somos parte fundamental na conservação, preservação e criação de um jardim. Seja o jardim da casa onde moramos, seja a Mata Atlântica ou a Amazônia onde também moramos, não importa o tamanho do nosso jardim, ou você acha que a Mata Atlântica ou a Amazônia não são também um jardim?
Ah! Não esqueça de no seu jardim plantar o seu coração, ele é o início de tudo, e que o jardim do seu-céu-coração possa encantar a primavera mais cedo.
Precisamos dar mais atenção para o nosso Lar, nos importarmos com Ele ou o perderemos. Para que não aconteça esta tristeza o que podemos fazer? Que alternativas temos para mudar-ousar-criar? Como colorir mais o mundo? Como desenvolver sorrisos em nós, já que em muitos momentos do dia-a-dia fica impossível de sorrir? Como sorrir vendo tanta tristeza, milhares de hectares sendo destruídos pelas mãos humanas, quais ações podemos aplicar? Que alternativas temos e quais podemos criar? Enfim o que podemos fazer?
A cooperação dos Seres Humanos para com Gaia é de fundamental importância para a sobrevivência dos próprios e da Casa. Nós não nascemos para viver isolados dos outros, precisamos intensamente do outro para a sobrevivência, somos parte dele, não somos mais ou menos importantes do que outras espécies, e sim tão importantes quanto, temos uma brilhante e fantástica função na rede da vida, assim como os pássaros também têm, a brisa, as árvores, os mares, os rios, as flores e os beija-flores. Não é porque o ser humano “pensa”, que ele é mais importante do que os outros seres, esta é uma cultura que nos foi imposta erroneamente com o passado histórico.
Os paradigmas que sobrevivem ainda no mundo, em sua maioria são insustentáveis na teoria e prática. São pobres, sem cores, gosto, inovação, violentos e sem encanto. Estão muito longe de serem um sábia cantando na primavera do Cereus.
[1] Plantas não parasitas, que estabelecem uma relação de inquilina com as árvores.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Ele inspirou Gandhi
"Para ser um poeta é preciso saber seduzir os ventos e as correntezas e fazê-los falar".
Thoreau
Mais um pouco de H. D. Thoreau
Desejo me pronunciar a favor da Natureza, a favor da mais absoluta liberdade e do estado mais absolutamente selvagem, em contraste com uma liberdade e cultura meramente civis - quero defender o homem como um habitante, uma parte e uma parcela da Natureza e não como membro da sociedade. Quero que meu pronunciamento seja radical, se isso o ajudar a ser enfático, porque existe gente suficiente para defender a civilização; os clérigos, os comissários escolares e cada um de vocês farão isso muito bem.
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